Acontece na vida de todos nós:
queremos o melhor para os nossos,
mas nem sempre podemos dar o nosso melhor;
amamos e, às vezes, precisamos que alguém demonstre esse amor por nós.
Neste espaço vamos trocar ideias sobre cuidados especiais - com idosos, enfermos, recém nascidos,
pacientes pós cirúrgicos, pessoas com deficiência, pacientes terminais, portadores de demência,
grávidas de alto risco...
Pois cuidar do outro é, antes de tudo,
a arte de exercer carinho e boa vontade.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

NOVA PESQUISA MOSTRA QUE PODEMOS CONTROLAR NOSSO ESQUECIMENTO


Você já ouviu o ditado “você só lembra o que quer lembrar”? Agora existem evidências que o dito popular é correto. Um novo estudo realizado na Lund University, na Suécia, mostra que podemos nos treinar para esquecer coisas.
A suposição de que os seres humanos podem controlar e intencionalmente esquecer memórias não desejadas tem gerado controvérsia desde a afirmação de Freud, no começo do século 20. Agora, o pesquisador em Psicologia Gerd Thomas Waldhauser demonstrou por meio de estudos com neuroimagens que Freud estava correto nas suas afirmações: da mesma forma que podemos controlar impulsos (podemos, por exemplo, rapidamente instruir o cérebro a não pegarmos um cactus que está caindo na mesa), podemos controlar nossa memória.
Os testes de Waldhauser foram realizados em ambiente de laboratório onde os voluntarios eram convidados a praticar o esqueccimento, ou a tentar esquecer fatos. Através de testes com EEG – Eletroencefalograma – Waldhauser mostra que as mesmas partes do cérebro são ativadas quando contemos um impulso motor e quando suprimimos uma memória. E, assim como treinamos a contençao de impulsos motores, também podemos treinar a supressão de memórias, isto é, esquecer.
Waldhauser aponta diversas situações nas quais esquecer pode ser útil. Pessoas sofrendo de depressão muitas vezes alongam-se em pensamentos negativos os quais poderiam ser reprimidos para que o indivíduo pudesse emergir da depressão. O mesmo ocorre com pessoas que sofrem de estresse pós traumático; o trauma faz com que seja difícil para o paciente agir racionalmente e resolver sua situação. No entanto, as possíveis consequencias de uma repressão deliberada de memórias ainda não estão claramente estabelecidas.
“Nós sabemos que ‘esquecer’ ou reprimir sentimentos muitas vezes são manifestações de reações psicológicas”, diz Waldhauser, que é cuidadoso para esclarecer que os voluntários do estudo foram treinados para esquecer informações neutras sob um ambiente de laboratório controlado. O treino para esquecer um evento traumático seria bem mais complexo.
Waldhauser demostrou não somente que podemos deliberadamente esquecer coisas. Através das medições por EEG, ele também controlou a captura do exato momento em que a memória é inibida – quando o esquecimento acontece.
A inibição da memória reduz-se após algumas horas. Porém, quanto mais a informação é suprimida, maior é a dificuldade para recuperá-la, como Waldhauser tem demonstrado por meio de estudos em laboratório.
“Se as memórias forem suprimidas por um longo período de tempo, poderá ser extremamente difícil recuperá-las”, diz Waldhauser.
Gerd Thomas Waldhauser publicou sua defesa de tese de doutorado, Behavioral and Electrophysiological Correlates of Inhibition in Episodic Memory.

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