Acontece na vida de todos nós:
queremos o melhor para os nossos,
mas nem sempre podemos dar o nosso melhor;
amamos e, às vezes, precisamos que alguém demonstre esse amor por nós.
Neste espaço vamos trocar ideias sobre cuidados especiais - com idosos, enfermos, recém nascidos,
pacientes pós cirúrgicos, pessoas com deficiência, pacientes terminais, portadores de demência,
grávidas de alto risco...
Pois cuidar do outro é, antes de tudo,
a arte de exercer carinho e boa vontade.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O impacto da música em doentes de Alzheimer

Apesar do declínio na memória, idosos com Alzheimer ainda conseguem se lembrar de músicas que ouviam quando eram jovens; foi comprovado que o ato é uma das únicas frentes que os terapeutas possuem para desacelerar o avanço da doença.

É incrível como a música tem o poder de nos fazer tão bem. Para você ter noção, ela é um dos únicos recursos que os terapeutas têm para fazer frente à progressão da doença de Alzheimer. Apesar de todo o mal que a doença causa no cérebro, e especialmente na nossa memoria, grande parte dos doentes de Alzheimer ainda conseguem se recordar do trecho ou melodia de alguma música da qual gostavam – mesmo os doentes em um estágio mais avançado.
Você deve estar se perguntando como isso é possível. Acertei? Pois um estudo recente mostra que uma das causas pode ser o fato de que a música é armazenada em áreas do cérebro diferentes das áreas onde guardamos nossas demais memórias
O grande responsável por esse feito é o chamado lobo temporal. Ele é uma porção do cérebro que vai da têmpora à parte de trás da orelha, capaz de gerir toda a nossa memória auditiva – e isso inclui as canções! Mas, no entanto, o lobo temporal também pode sofrer estragos ocasionados pelo Alzheimer. Então como pode-se explicar que muitos idosos que possuem a doença não lembrem nem seu nome, mas consigam recordar de um trecho daquela balada que o marcou ainda quando era jovem?
Para tentar responder a essas perguntas, pesquisadores de vários países europeus liderados por neurocientistas do Instituto Max Planck de Neurociência e Cognição Humana de Leipzig (Alemanha),realizaram um experimento:  por um lado, procuraram as áreas do cérebro que são ativadas quando ouvimos música. Por outro lado, uma vez localizadas essas áreas, analisaram se, em pacientes de Alzheimer, tais áreas do cérebro apresentavam algum sinal de atrofia ou, ao contrário, resistiam melhor à doença.
O experimento foi baseado na hipótese de que o ato de ouvir música é, para o cérebro, diferente daquela de lembrá-la e que os dois processos atuam diferentes redes cerebrais. As áreas que apresentaram maior ativação ao rememorar as canções foram o giro cingulado anterior, localizado na região média do cérebro, e a área motora pré-suplementar, localizada no lobo frontal.
“As recordações mais duradouras são aquelas ligadas a uma experiência emocional intensa e a música tem uma relação estreita com as emoções; a emoção é uma porta de entrada para lembrar”, diz a musicoterapeuta da Fundação Alzheimer Espanha, Fátima Pérez-Robledo. Os resultados do estudo confirmam isso. “Muitos doentes não lembram o nome de algum parente, mas lembram da letra de uma canção”, diz ela.
"Texto extraído de trabalho apresentado no Congresso Nacional de Alzheimer (CONAZ)"

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

8 FILMES SOBRE ALZHEIMER QUE VOCÊ PRECISA ASSISTIR

As vezes os filmes representam papéis diferentes na vida de cada um. E os dramas, com certeza, são aqueles que mais nos marcam. Eles nos humanizam e aproximam da realidade das pessoas de uma forma quase fraternal. Por isso, se você é um apreciador de filmes que te emocionam, aconselho que assista a esses filmes sobre Alzheimer que vão mudar a sua forma de enxergar o mundo e a doença.


8 – The Alzheimer’s Project (2009)


The Alzheimer’s Project é uma série da HBO composta por 4 documentários. As histórias mostram desde a rotina de quem vive com a doença até seus avanços científicos. O filme, produzido nos EUA, contou com o apoio do National Institute on Aging (Instituto Nacional do Envelhecimento), instituição que ficou encarregada de garantir que as informações transmitidas eram sempre verdadeiras.
O primeiro documentário é o The memory loss tapes (As fitas da memória perdida), que revela a história de sete pessoas que vivem com a doença, cada uma em um estágio, e a forma como elas lidam com suas limitações.
O segundo, Grandpa, do you know who I am? (Vô, você sabe quem eu sou?), conta o cotidiano de nove crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 15 anos, que convivem com avós que sofrem do transtorno.
O terceiro,  Momentum in science (Avanços da ciência), dividido em duas partes, que mostra o trabalho de 25 cientistas e médicos que pesquisam as chances de melhorar a identificação e o diagnóstico do Alzheimer.
Por fim,Caregivers (Profissionais da saúde), aborda o trabalho das pessoas que cuidam dos doentes de Alzheimer.

7- Iris (2001)



Iris narra a história de amor entre a talentosa novelista e filósofa, Iris Murdoch (Kate Winslet/Judi Dench)  e seu marido, John Bayley (Hugh Bonneville/ Jim Broadbent), que era professor em Oxford.
A trama se passa em duas épocas distintas, mostrando desde o momento em que o casal se conheceu na juventude, até  as dificuldades que enfrentam na velhice, quando Iris se descobre com mal de Alzheimer.

6-  A vida em post-it  (2012)


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Este documentário da BBC aborda não só os sintomas e evolução da doença, mas também as questões éticas e morais que envolvem seus paciente, familiares e cuidadores. A personagem principal é Christine, uma doente de Alzheimer que vive sozinha e  não quer companhia. O documentário narra o início da sua doença, registando sua luta para conseguir cumprir de forma normal as atividades do dia a dia. Para isso, Christine recorre a extensas agendas, quadros de notas e incontáveis post-its, uma forma de compensar sua perda de memória recente.


5- Meu pai, um estranho (1970) 

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Em Meu pai, um estranho, o  jovem protagonista Gene Hackman, interpreta Gene Garrison, que se vê diante de um dilema moral e familiar. Ele pretende se casar e mudar para a Califórnia, mas nas vésperas de seu casamento, a morte de sua mãe o obriga a cuidar de seu pai, que está diagnosticado com Alzheimer.





4- Aurora Boreal (2005) 

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Aurora Boreal é aquele tipo de filme em que você não consegue segurar as lagrimas. Com uma trama complicada que aborda  a relação de um neto com seus avós, o filme apresenta a história de um rapaz instável de 25 anos que não consegue se fixar em um emprego. Seu avô está desenvolvendo Alzheimer rapidamente e, para ficar perto de sua família – após a morte de seus pais – o jovem começa a trabalhar na instituição onde os avós estão vivendo.


3- Amor (2012)

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Amor narra a delicada história de um casal de aposentados que costumava dar aulas de música. Certo dia, Anne sofre um derrame e fica com um lado do seu corpo totalmente paralisado. O quadro piora cada vez mais quando Anne começa a desenvolver uma demência.  Sua única filha, que também é musicista, vive em outro país com sua família, e os idosos se vêem  enfrentando diversos obstáculos que a vida os impõe, inclusive testando o amor entre eles.



2- Para sempre Alice  (2014)


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Com mais de 30 prêmios por sua atuação em Para Sempre Alice, Julianne Moore interpreta a Dra. Alice Howland, uma renomada professora de linguística que aos poucos começa a esquecer certas palavras e se perder pelas ruas de Manhattan. Quando diagnosticada com Alzheimer, a doença coloca em prova a força de sua família e sua relação com o marido, John (Alec Baldwin). Além de reaproximá-la da filha caçula, Lydia, interpretada pela atriz Kristen Stewart.






1- Diário de uma Paixão (2004)

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Baseado no livro homônimo de Nicholas Sparks, Diário de uma Paixão, o filme narra a emocionante história de um homem que todos os dias visita uma senhora que possui sérios problemas de saúde, incluíndo uma demência. Durante as visitas, o homem lê para a senhora um capítulo de uma linda história de amor. Esse estímulo faz com que ela consiga redescobrir o prazer das emoções, conseguindo até mesmo relembrar histórias da sua própria juventude.
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