Sentimento de felicidade pode motivar engajamento
em comportamentos saudáveis
O sentimento de
felicidade constitui um dos indicadores de bem-estar que tem recebido
recentemente atenção no campo da investigação científica da saúde.
O estado de alegria,
portanto, pode ser um indicador fundamental para completar os indicadores
objetivos de qualidade de vida, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e
a expectativa de vida saudável.
Foi o que mostrou parte
da tese de doutorado Qualidade de vida em saúde e bem-estar subjetivo em
idosos. Um estudo de base populacional, da educadora física Margareth
Guimarães Lima, que foi orientada pela médica epidemiologista Marilisa Berti de
Azevedo Barros.
Defendido por Margareth
no programa de pós-graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas
da Universidade de Campinas (Unicamp), o estudo mostrou que a maioria dos
idosos de Campinas (cidade de São Paulo contemplada com o levantamento)
disseram se sentir felizes.
A saúde foi o aspecto
que mais pesou no sentimento de felicidade de homens e mulheres acima de 60
anos. Vale frisar que Margareth buscou detectar os fatores demográficos,
socioeconômicos e comportamentais, assim como o estado de saúde, que se
associam ao sentimento de felicidade.
Eis alguns resultados da
pesquisa:
– 35,4% dos idosos
disseram que se sentiam felizes o tempo todo;
– 41,8% disseram que se
sentiam felizes a maior parte do tempo;
– 14,5% mencionaram que
se sentem felizes em alguma parte do tempo;
– 7,2% falaram que se
sentem felizes em pequena parte do tempo.
Entre os idosos que
responderam que não se sentem felizes o tempo todo, estão os viúvos, os obesos,
os que dormem mal e com um padrão de sono superior a 10 horas. Dos 35,4% de
idosos que responderam que se sentem felizes o tempo todo, estão aqueles que
trabalham, que ingerem bebida alcoólica ocasionalmente, que praticam pelo menos
alguma atividade física, que consomem frutas, legumes e verduras todos os dias
e têm uma percepção da própria saúde como excelente ou muito boa.
“O sentimento de
felicidade pode motivar o engajamento em comportamentos mais saudáveis.
Independentemente da situação socioeconômica ou cultural, o fator saúde é o que
mais pesou no sentimento de felicidade para o idoso de Campinas”, diz
Margareth.
Ela ressalta que a
pesquisa mostra como o sentimento de felicidade está fortemente relacionado com
o fato de se sentir saudável. “Dessa forma, esse indicador é importante para
direcionar as políticas públicas de saúde”, salienta Marilisa Berti,
orientadora da pesquisa.
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Fonte:http://casasaudavel.com.br/2012/03/27/saude-e-aspecto-que-mais-pesa-no-sentimento-de-felicidade-idosos-diz-pesquisa-da-unicamp/