Acontece na vida de todos nós:
queremos o melhor para os nossos,
mas nem sempre podemos dar o nosso melhor;
amamos e, às vezes, precisamos que alguém demonstre esse amor por nós.
Neste espaço vamos trocar ideias sobre cuidados especiais - com idosos, enfermos, recém nascidos,
pacientes pós cirúrgicos, pessoas com deficiência, pacientes terminais, portadores de demência,
grávidas de alto risco...
Pois cuidar do outro é, antes de tudo,
a arte de exercer carinho e boa vontade.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Recuperar doentes e cuidar de idosos – qual a melhor alternativa?

                                                                                                                                                                             José Manuel A.Costa

Vários estudos já foram realizados sobre este tema e os resultados sempre apontam na mesma direção: Quanto mais cedo o doente puder retornar para o seu lar, melhor e mais rápida será sua recuperação.  É o caso, por exemplo, de um estudo efetuado no Royal Infirmary de Glasgow – Escócia, sobre pacientes que sofreram AVC (Acidente Vascular Cerebral). Pacientes com o mesmo grau de lesão e que foram transferidos mais rapidamente para casa, recebendo ali os cuidados de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, etc., tiveram recuperações mais rápidas e menos sequelas do que aqueles que receberam o mesmo tratamento em quartos de hospital. Isso ocorre porque, além do doente não ficar exposto a infeções hospitalares, aquele ambiente é sempre mais opressivo. Mesmo com doentes em situação terminal ou estado de coma, está comprovado que a sobrevida dos primeiros é maior e menos penosa quando estão em suas casas, cercados do ambiente familiar, e a recuperação dos segundos é muito mais rápida.
O mesmo se passa com os idosos que necessitam de cuidados ou que tem alguma limitação. Tirar o idoso do aconchego do seu lar e colocá-lo numa Clínica, numa Instituição de Acolhimento ou num Asilo, é abreviar a sua vida e fazer disso uma verdadeira tortura para ele. Por melhor que seja o lugar, mesmo com todos os recursos e comodidades, nunca é igual à sua casa. Para o idoso, qualquer mudança é traumática e a possibilidade dele ficar na sua casa faz com que melhore sua auto estima e não se sinta um “fardo” para a sua família.
Que solução então adotar para esses casos? Procurar reduzir, ao mínimo possível, a permanência de doentes e idosos fora do seu lar. Claro que tudo isso deve ser feito com o acompanhamento de pessoas especializadas e com todos os cuidados que cada situação requer, mas hoje já existem empresas que cuidam de todos os detalhes, aliviando as tarefas da família que, assim, não precisa alterar substancialmente sua rotina diária.  O custo desses serviços não é tão elevado quanto se possa imaginar, mas os benefícios, tanto para os familiares quanto para o doente ou idoso, são muito grandes. 

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