Com a chegada do inverno é preciso ter mais atenção com idosos por causa das quedas, comuns neste período. O casos aumentam de 40% a 50% a partir de maio, quando a temperatura cai, de acordo com o ortopedista Júlio César Pereira dos Santos.
Com o frio, idosos suam menos e tendem a ter mais necessidade de ir ao banheiro. Assim, levantam mais vezes e ficam mais expostos ao risco de quedas. Por isso, há recomendações que devem ser seguidas, segundo o médico, para oferecer à pessoa com idade avançada uma "casa saudável".
"As quedas ocorrem com muito mais frequência e elas podem levar a fraturas. As mais comuns são de quadril, punho e ombro", afirmou Santos.
Segundo ele, as complicações destas quedas podem levar até mesmo à morte. "São fraturas muito desgastantes, que levam à necessidade de próteses e, muitas vezes, o quadro pode se complicar e deixar o idoso incapacitado ou mesmo levar à morte", disse.
O ortopedista estima que o aumento nos casos no período que começa no final de maio até agosto é de 40% a 50%. Em um hospital particular da cidade onde atua, ele diz que ao longo do ano são registrados dois casos por dia de quedas de idosos. "Com a chegada do frio, este número sobe para 3, 4", apontou.
De acordo com ele, os gastos com uma pessoa nesta situação, atendida pelo SUS (Sistema Único de Saúde), variam entre R$ 15 mil e R$ 17 mil. Em convênios particulares, são de pelo menos R$ 20 mil. "E ainda há os gastos com medicamentos e mesmo acompanhante, caso a pessoa não tenha com quem ficar", disse.
Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta que cerca de 9.000 idosos são internados por ano por fraturas de fêmur em decorrência de queda. A estimativa é que 30% dos idosos paulistas caem pelo menos uma vez ao ano.
CUIDADOS
A orientação é que cuidados sejam tomados a fim de evitar as quedas. Santos indica que quando deitado, ao se levantar, o idoso permanece algum tempo sentado para que o sangue circule pelo cérebro e não cause tonturas.
Outra dica é acender as luzes para não correr o risco de tropeçar em objetos ou móveis. "Deve-se evitar ter na casa tapetinhos de pano que possam escorregar", disse Santos. E ainda o idoso não deve andar pela casa usando apenas meias nos pés. Um calçado ou chinelo com sola de borracha deve ser usado para não facilitar escorregões. Pisos lisos também não devem ser usados, apenas aqueles ásperos que dão maior aderência.
Nos banheiros, adaptações para a pessoa de idade avançada também são uma maneira de cautela. "Barras de proteção nas paredes para o idoso se apoiar devem ser instaladas e o vaso sanitário tem que ter, no mínimo, 50 centímetros de altura", indicou.
fonte: Jornal de Limeira
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